Relatos de experiência (lançamento 12/11/09)
ANÁLISE DE RESULTADOS DE AVALIAÇÕES INSTITUCIONAIS PARA
A EDUCAÇÃO BÁSICA
Reports of experience
ANALYSIS OF RESULTS OF EVALUATIONS TO THE INSTITUTIONAL
BASIC EDUCATION
Leny André Pimenta
leny@cocfranca.com.br
http://lattes.cnpq.br/8402199939092825
CAMINE: Cam. Educ. = Ways Educ., Franca, SP, Brasil - eISSN 2175-4217 – está licenciada sob Licença Creative Commons
RESUMO
Este artigo apresenta os passos da avaliação aplicados na educação básica das escolas COC na cidade de Franca-sp. E estabelece os parâmetros para a auto-avaliação institucional através doprocesso de tomada de consciência das pessoas envolvidas a partir da participação e da reflexão coletiva a partir de relatos de experiências.
Palavras-chave: COC Franca. educação básica. avaliação. autoavaliação institucional. Aprendizagem significativa.
ABSTRACT
This article presents the steps used in the evaluation of basic education at COC schools in Franca city.
Sets the parameters for self-evaluation through the process of institutional awareness of the people involved from the participation and collective reflection from a report of experiences.
Keywords: COC Franca. education. assessment. institutional self. significant learning.
A avaliação institucional, compreendida como uma das dimensões do processo de desenvolvimento de uma instituição de ensino, comprometida com a sociedade na educação do “ser”, pode ser um instrumento muito valioso. Para isso, é necessário que se estabeleçam critérios para essa avaliação, os quais possam torná-la útil para se conhecer - de forma sistemática - a realidade, a fim de nela intervir de forma responsável e efetiva.
Avaliar demanda, inicialmente, uma definição de posicionamento: “onde” queremos chegar. Portanto, o primeiro passo da avaliação consiste na definição do propósito e dos objetivos da instituição para que se estabeleça por que avaliar.
Assim, definiu-se que o COC Franca deseja construir e manter a qualidade do ensino que oferece à comunidade por meio de uma política educacional que visa a:
• intensificar a prática de reflexão permanente que auxilie os educadores a integrar esforços para a efetivação do compromisso social da instituição;
• resgatar, permanentemente, as contribuições teóricas dos educadores e privilegiar o debate em torno do campo da educação e de sua gestão.
O programa de Avaliação Institucional da Educação básica do Colégio Monteiro Lobato e Dinâmica Espiral-COC Franca objetiva examinar em que medida as ações administrativas e pedagógicas da instituição caminham na direção dessas metas, assim como investigar formas de tornar o programa mais eficiente.
Auto-avaliação Institucional é o “olhar” da instituição sobre si mesma, é o processo de tomada de consciência das pessoas que fazem parte da instituição, a partir da participação e da reflexão coletiva, a fim de orientar a tomada de decisões no sentido do comprometimento na construção da melhoria da qualidade da educação. A concepção de auto-avaliação institucional do COC Franca busca construir uma perspectiva formativa e emancipadora dentro dos seguintes princípios:
• Conectar (estar “plugado” com a realidade, aprender a conhecer);
• Construir (aprender a fazer, desenvolver habilidades e competências);
• Compartilhar (socializar, aprender a viver juntos);
• Continuar (aprender a ser “eterno” aprendiz);
A partir da concepção de que uma instituição educacional comprometida com sua função social só se constrói com uma gestão democrática, com a participação substantiva dos envolvidos, desenvolvemos um instrumento de auto-avaliação institucional a partir de discussões coletivas em seminários e reuniões de grupos de estudos interdisciplinares.
A avaliação se realiza de forma sistemática ao final de cada projeto e continuamente, por intermédio do exame das devolutivas diárias de auto-avaliação.
Os instrumentos de avaliação são construídos a partir da definição de um conjunto de habilidades consideradas essenciais, formando-se grupos temáticos e interdisciplinares. Para configurar um quadro aproximado da realidade institucional, consideramos diversos fatores e os agrupamos em quatro dimensões de análise:
• dimensão teórica (Referenciais e modelos, aspectos históricos);
• dimensão prática (Profissionais da Educação e Prática pedagógica);
• dimensão tecnológica (Recursos e ferramentas tecnológicas);
• dimensão organizacional (Organização do trabalho, condições físicas e materiais).
O coordenador pedagógico lidera o processo de avaliação, com base nas metas e resultados esperados para aquele ano, expressas em um “Plano de Trabalho”. A formação humana refere-se ao processo de humanização, que é o conhecimento fundamentado nas dimensões política, cultural, simbólica (dos valores e significados), técnica e social da Educação, para a construção da autonomia e emancipação humanas. O eixo da avaliação está centrado nas condições em que é oferecido o ensino, na formação do professor e de suas condições de trabalho, no currículo, na cultura e organização da escola, bem como na postura dos atores educacionais em seu conjunto.
Assim, qualidade de ensino diz respeito à melhoria no processo ensino aprendizagem articulado à socialização com qualidade dos conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos historicamente produzidos. Na elaboração do plano de trabalho consideramos:
• Avaliação contínua professor/aluno com análise de resultados (Fomentar uma interpelação sistemática sobre a qualidade das suas práticas e dos seus resultados);
• Formação continuada: 4 seminários apresentados pelos professores;
• Organização do plano de metas, institucional e pedagógico.
Os resultados são tabulados e inseridos em um “Gráfico de Rendimento Escolar”. Após serem analisados, traduzem-se em indicadores de ressignificação da prática pedagógica. Dentro dessa análise, há verificação específica de conceitos que não foram apreendidos e nesse sentido a instituição tem como apoio imediato as atividades extra-curriculares e plantão de atendimento presencial e on-line.
Esse modelo é aplicado já há cinco anos, mensal e diariamente. Assim, as dificuldades de aprendizagem são rapidamente trabalhadas, o que permite a continuidade e apropriação de novos conceitos sem prejuízo sequencial.
Semanalmente, há a reunião de novos grupos para decidir como solucionar os problemas eventualmente encontrados ou, dependendo da urgência, o coordenador pedagógico, após análise e escuta do corpo docente, toma as providências que se mostrarem necessárias.
Os resultados da auto-avaliação e as formas de resolver os problemas são compartilhados entre toda a comunidade escolar – direção, coordenação, alunos, professores e pais, que então os discutem.
Devido à visão democrática do COC Franca, os instrumentos de avaliação institucional aplicados têm uma alta eficiência, pois seus resultados, além de serem fruto de estudos conjuntos da comunidade escolar, são aplicados imediatamente na correção de problemas eventualmente identificados. Outro dado importante para a eficiência da avaliação é sua constância, o que permite a intervenção frequente no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, antes que problemas possam se desenvolver e se tornar mais sérios.
Assim, a liberdade que possuímos para dar tratamento mais adequado aos conteúdos curriculares e implementação de métodos de ensino coadunados à nossa realidade são fatores relevantes que garantem, efetivamente, uma avaliação satisfatória, interna e externa, pois, permitem constantemente aos professores ressignificarem suas práticas pedagógicas. A intencionalidade da ação educativa indica que a avaliação está sempre a serviço dessa intencionalidade, cujo campo de atuação é o da aprendizagem significativa.
ANÁLISE DE RESULTADOS DE AVALIAÇÕES INSTITUCIONAIS PARA
A EDUCAÇÃO BÁSICA
Reports of experience
ANALYSIS OF RESULTS OF EVALUATIONS TO THE INSTITUTIONAL
BASIC EDUCATION
Leny André Pimenta
leny@cocfranca.com.br
http://lattes.cnpq.br/8402199939092825
CAMINE: Cam. Educ. = Ways Educ., Franca, SP, Brasil - eISSN 2175-4217 – está licenciada sob Licença Creative Commons
RESUMO
Este artigo apresenta os passos da avaliação aplicados na educação básica das escolas COC na cidade de Franca-sp. E estabelece os parâmetros para a auto-avaliação institucional através doprocesso de tomada de consciência das pessoas envolvidas a partir da participação e da reflexão coletiva a partir de relatos de experiências.
Palavras-chave: COC Franca. educação básica. avaliação. autoavaliação institucional. Aprendizagem significativa.
ABSTRACT
This article presents the steps used in the evaluation of basic education at COC schools in Franca city.
Sets the parameters for self-evaluation through the process of institutional awareness of the people involved from the participation and collective reflection from a report of experiences.
Keywords: COC Franca. education. assessment. institutional self. significant learning.
A avaliação institucional, compreendida como uma das dimensões do processo de desenvolvimento de uma instituição de ensino, comprometida com a sociedade na educação do “ser”, pode ser um instrumento muito valioso. Para isso, é necessário que se estabeleçam critérios para essa avaliação, os quais possam torná-la útil para se conhecer - de forma sistemática - a realidade, a fim de nela intervir de forma responsável e efetiva.
Avaliar demanda, inicialmente, uma definição de posicionamento: “onde” queremos chegar. Portanto, o primeiro passo da avaliação consiste na definição do propósito e dos objetivos da instituição para que se estabeleça por que avaliar.
Assim, definiu-se que o COC Franca deseja construir e manter a qualidade do ensino que oferece à comunidade por meio de uma política educacional que visa a:
• intensificar a prática de reflexão permanente que auxilie os educadores a integrar esforços para a efetivação do compromisso social da instituição;
• resgatar, permanentemente, as contribuições teóricas dos educadores e privilegiar o debate em torno do campo da educação e de sua gestão.
O programa de Avaliação Institucional da Educação básica do Colégio Monteiro Lobato e Dinâmica Espiral-COC Franca objetiva examinar em que medida as ações administrativas e pedagógicas da instituição caminham na direção dessas metas, assim como investigar formas de tornar o programa mais eficiente.
Auto-avaliação Institucional é o “olhar” da instituição sobre si mesma, é o processo de tomada de consciência das pessoas que fazem parte da instituição, a partir da participação e da reflexão coletiva, a fim de orientar a tomada de decisões no sentido do comprometimento na construção da melhoria da qualidade da educação. A concepção de auto-avaliação institucional do COC Franca busca construir uma perspectiva formativa e emancipadora dentro dos seguintes princípios:
• Conectar (estar “plugado” com a realidade, aprender a conhecer);
• Construir (aprender a fazer, desenvolver habilidades e competências);
• Compartilhar (socializar, aprender a viver juntos);
• Continuar (aprender a ser “eterno” aprendiz);
A partir da concepção de que uma instituição educacional comprometida com sua função social só se constrói com uma gestão democrática, com a participação substantiva dos envolvidos, desenvolvemos um instrumento de auto-avaliação institucional a partir de discussões coletivas em seminários e reuniões de grupos de estudos interdisciplinares.
A avaliação se realiza de forma sistemática ao final de cada projeto e continuamente, por intermédio do exame das devolutivas diárias de auto-avaliação.
Os instrumentos de avaliação são construídos a partir da definição de um conjunto de habilidades consideradas essenciais, formando-se grupos temáticos e interdisciplinares. Para configurar um quadro aproximado da realidade institucional, consideramos diversos fatores e os agrupamos em quatro dimensões de análise:
• dimensão teórica (Referenciais e modelos, aspectos históricos);
• dimensão prática (Profissionais da Educação e Prática pedagógica);
• dimensão tecnológica (Recursos e ferramentas tecnológicas);
• dimensão organizacional (Organização do trabalho, condições físicas e materiais).
O coordenador pedagógico lidera o processo de avaliação, com base nas metas e resultados esperados para aquele ano, expressas em um “Plano de Trabalho”. A formação humana refere-se ao processo de humanização, que é o conhecimento fundamentado nas dimensões política, cultural, simbólica (dos valores e significados), técnica e social da Educação, para a construção da autonomia e emancipação humanas. O eixo da avaliação está centrado nas condições em que é oferecido o ensino, na formação do professor e de suas condições de trabalho, no currículo, na cultura e organização da escola, bem como na postura dos atores educacionais em seu conjunto.
Assim, qualidade de ensino diz respeito à melhoria no processo ensino aprendizagem articulado à socialização com qualidade dos conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos historicamente produzidos. Na elaboração do plano de trabalho consideramos:
• Avaliação contínua professor/aluno com análise de resultados (Fomentar uma interpelação sistemática sobre a qualidade das suas práticas e dos seus resultados);
• Formação continuada: 4 seminários apresentados pelos professores;
• Organização do plano de metas, institucional e pedagógico.
Os resultados são tabulados e inseridos em um “Gráfico de Rendimento Escolar”. Após serem analisados, traduzem-se em indicadores de ressignificação da prática pedagógica. Dentro dessa análise, há verificação específica de conceitos que não foram apreendidos e nesse sentido a instituição tem como apoio imediato as atividades extra-curriculares e plantão de atendimento presencial e on-line.
Esse modelo é aplicado já há cinco anos, mensal e diariamente. Assim, as dificuldades de aprendizagem são rapidamente trabalhadas, o que permite a continuidade e apropriação de novos conceitos sem prejuízo sequencial.
Semanalmente, há a reunião de novos grupos para decidir como solucionar os problemas eventualmente encontrados ou, dependendo da urgência, o coordenador pedagógico, após análise e escuta do corpo docente, toma as providências que se mostrarem necessárias.
Os resultados da auto-avaliação e as formas de resolver os problemas são compartilhados entre toda a comunidade escolar – direção, coordenação, alunos, professores e pais, que então os discutem.
Devido à visão democrática do COC Franca, os instrumentos de avaliação institucional aplicados têm uma alta eficiência, pois seus resultados, além de serem fruto de estudos conjuntos da comunidade escolar, são aplicados imediatamente na correção de problemas eventualmente identificados. Outro dado importante para a eficiência da avaliação é sua constância, o que permite a intervenção frequente no desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, antes que problemas possam se desenvolver e se tornar mais sérios.
Assim, a liberdade que possuímos para dar tratamento mais adequado aos conteúdos curriculares e implementação de métodos de ensino coadunados à nossa realidade são fatores relevantes que garantem, efetivamente, uma avaliação satisfatória, interna e externa, pois, permitem constantemente aos professores ressignificarem suas práticas pedagógicas. A intencionalidade da ação educativa indica que a avaliação está sempre a serviço dessa intencionalidade, cujo campo de atuação é o da aprendizagem significativa.
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